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quinta-feira, 3 de abril de 2008

Michel Marka exposição da vida na Colonia Celestial




Édi Prado – 27.03.08



Michel,um menino barbudo, com o amigo Édi Prado na Lua Cheia





Michel Marka Montagounian. Ele nasceu em Ruão, em Normandia - França, em 30 de março de 1946. Chegou a Macapá em 1984. Estudou artes e fez muitas. Era o “tesoura” mágica de um grande atelier em Paris. Já voou na corda bamba e se equilibrou nos trapézios circenses, também de Paris e outras países da Europa. Fez teatro, realizou várias exposições de arte plásticas. A temática era Amazônida e um fino traço em nanquim. Tocou flauta e foi um encantador de serpente e indomador de jibóia. Gostava de prosear. Acompanhado de uma (dúzia) de cerveja, a conversa se espichava e ele desenhava no espaço aéreo criativo da imaginação artística, quadro a quadro de cada lance, de cada aventura. E ria muito. Tudo era motivo de riso. Até a tragédia tornava-se engraçada, porque ele sempre “quebrava” o mal e achava motivos para o riso.

Era uma criança de barba. Ele não tinha maldade. Era inocente para os padrões dos espertos. Acreditava em todos, não em tudo. Para ele todo o ser humano é bom, mesmo com abundantes provas contrária. O perdão antecipava a culpa. Abundante. Ele gostava deste adjetivo. Mesmo morando há mais de 20 anos no Amapá, o falar português dele, exigia sempre de quem não o conhecia a pergunta: O que ele disse? E abundante para ele, tinha um som sugestivo. Gostava. Do som e da forma. Ele ria sempre que a ouvia. Na mente dele, se pudéssemos ver os “balões” dos desenhos animados, mulheres brasileiras nas praias, com certeza faziam parte deste cenário.

E toda essa conversa no pretérito imperfeito é porque Michel Marka Montagounian “viajou” dia 27.03.08 às 05h00min h no Hospital São Camilo, vítima de complicações generalizadas no corpo. Porque o espírito, esse sempre viveu metido em complicações por acreditar no ser humano e nunca morre. Deixa lembranças boas para a mulher, Adalgisa, para os filhos Michel, Fabrício e Lorena e para nós, que aprendemos a amar um pouco com ele. Ainda bem que o espírito é imortal. Quando "morremos" reiniciamos um novo ciclo de vida. A reencarnação é o único caminho e oportunidade que Deus nos dá, para que cheguemos à perfeição. E isso independe se as pessoas gostam ou não. Aceitam ou não. É assim.

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