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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Polêmica : O Plágio e o Poetrix

Contribuição de Raul Tabajara

(por Goulart Gomes)

Não é objetivo do Movimento Internacional Poetrix - MIP - fazer ataques a ninguém. Mas é nosso dever defendermo-nos. Ataques, por sinal, todos os movimentos literários contemporâneos sofreram, a exemplo do Modernismo e do Concretismo, mas isso não os impediu de legarem sua contribuição à Literatura Brasileira. Detratores sempre existiram e sempre existirão. Sempre existirão aqueles que acharão mais fácil chamar a atenção para si destruindo o que está sendo realizado, que construindo algo de bom. Por isso, não citaremos, aqui, nomes de pessoas ou instituições. É justamente isso o que eles querem: aparecer à custa do trabalho de terceiros.
Mas, vamos aos fatos: O grupo de intercâmbio virtual POETRIX (poetrix@yahoogupos.com.br) tem por objetivo proporcionar aos poetrixtas e simpatizantes um espaço saudável para o intercâmbio de idéias e produções. Como em qualquer outro veículo de informação, não nos responsabilizamos pelo conteúdo das mensagens que, logicamente, são todas assinadas. Para que os interessados participem do grupo, solicitamos a sua identificação completa, uma vez que não admitimos participações sob pseudônimos. No Grupo Poetrix, todos tem o direito de expressar as suas opiniões ideológicas livremente, observando apenas as normas de conduta existentes, que são previamente informadas.
No Grupo Poetrix existem dois exercícios de Intertextualidade, chamados Cirandas e Clonix. Nas Cirandas, os autores enviam poetrix acerca de determinado tema previamente estabelecido. Os clonix são poetrix feitos a partir de um outro, já existente, de um outro autor, sempre havendo referência ao mesmo.
Dois autores que foram BANIDOS do Grupo Poetrix, por sua má conduta (aliás, ambos tem sido consecutivamente expulsos de diversos grupos, na Internet, por conduta indevida), fazendo-se de vítimas, tem lançado críticas inverídicas, afirmando que o MIP tem apoiado o plágio. Isso não é verdade. O MIP, repetimos, tem por objetivo estimular a criação e divulgação do poetrix. Não apenas no Poetrix, mas em qualquer instância, se um autor sentir-se plagiado por outro, deve resolver essa questão através do meio legal existente para isso: a Justiça. Não nos cabe exercer o papel do Poder Judiciário. Curioso que, esses autores citados (escudados atrás de entidades `fantasmas'), em verdade estejam exercendo o plágio numa dimensão muito maior e mais agressiva: plagiaram a Academia Virtual Brasileira de Letras, uma entidade cultural séria, que está desenvolvendo um trabalho honesto no mundo virtual.
O Movimento Internacional Poetrix é uma entidade séria, dispondo de uma coordenação com representantes de vários países, e com 170 pessoas cadastradas no seu grupo de intercâmbio. Pretendemos mantermo-nos acima das torpezas humanas, das quais, infelizmente, não estamos livres. Temos um objetivo maior, que é dar uma significativa contribuição à nossa pátria, que é a nossa Língua. Como diria Mário Quintana, a esses que gostam de atravancar os caminhos, nós, `passarinhos'; eles, `passarão'.
Goulart Gomes
Pra não dizer que não falei das flores
(por Marilda Confortin)
Então tá amigos poetrixtas. Vou cutucar esse vespeiro. O problema é que minha vara é curta e não tenho fumegador para me defender das ferroadas dos zangões. Sou tão leiga em apicultura quanto em lingüística. Eu gosto mesmo é do produto final. Sempre comi e me lambuzei do mel cantado e decantado dessas duas artes, sem nunca ter me preocupado com os aparatos utilizados na sua fabricação ou colheita. Mas aí pintou uma nova marca chamada Poetrix e para melhor apreciá-la tive que pesquisar algumas ferramentas, técnicas e variações. Mas não fui muito fundo, não.
Tipo assim: Li que alguns apicultores usam máscara de filó, com chapéu de algodão e outros usam máscara de arame, com chapéu de palha. No poetrix, alguns autores fazem uso de metáforas e tropos enquanto outros preferem paródia e pastiche. Tem especialistas no MIP que conhecem bem a diferença entre essas ferramentas e podem explicar melhor que eu, como e

quando utilizá-las. Como apreciadora de poetrix, quero mais é sentir o gosto do mel no meu pão de cada dia.
Lembrei do Leminski numa de suas palestras. Ele disse que poeta é quem sente a poesia, não importa se escreva, publique ao não. E reforçou dizendo que quem não tem senso de humor não acha graça da piada. Todo mundo riu alto. Bando de puxa-sacos. Aí percebi que senso de humor não se mede pelo volume da gargalhada e que nem sempre quem ri por último ri melhor (sempre tem um bobo pago para rir alto nos programas de auditório, perceberam?) Mas voltemos às abelhas.
Sei que a grande contribuição ecológica da apicultura é provocar a fecundação utilizando o pólen, isso é: a polinização; E qual é a grande contribuição cultural do poetrix, senão polemizar provocando a fecundação da poesia? (O quê? Polêmica não é derivada de pólen? Putz! Então acabei de criar um neologismo. Desculpem.)
Os aprendizes, quando sentem o perfume de uma flor no pote de mel, podem pensar que o produto é falsificado. É não, gente! É que as abelhas costumam visitar a mesma flor várias vezes. Leitores desavisados também podem sair dizendo que as canções de exílio de Casimiro de Abreu, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade, Eduardo Alves da Costa, José Paulo Paes e tantas outras, são todas plágio da Canção do Exílio de Gonçalves Dias. São não, gente! É que os poetas costumam visitar as mesmas flores várias vezes.
O Poetrix, não só pratica a polinização (ou devo chamar de simulacro? Intertextualidade? Recorrência temática?), como incentiva a re-visita, a releitura e até criou uma categoria chamada Clonix.
Um clonix, nunca pode vir desacompanhado do poetrix que o originou. Não precisa nem explicar o motivo. É só ler o belo exemplo da Eliana e Lilian e, como diz no Segundo Manifesto Poetrix: "Vamos privilegiar a inteligência do leitor! Que ele morda, mastigue, engula e faça a digestão. Que se vire!
"MÃE
a teu colo sempre volto
quando a tristeza me mima
(Eliana Mora)
MÃE
a teu colo sempre volto
quando há tristeza menina
(Lílian Maial)
Gostaram? Eu também. E tem mais. Babei com as Cirandas. E o Segundo Manisfesto? "Nada se cria, tudo se copia, concluíram Bakhtin e Chacrinha. Então, vamos hiper, intra e intertextualizar, sejamos dialéticos, digitais e dialógicos. Queremos a inter/ação, queremos o simulacro, a paródia, o pastiche, o duplix, o triplix, o multiplix, o grafitrix, o clonix, o concretrix"
Poetrix não é brinquedo não. Ou a gente procura entender o significado de cada uma dessas palavras, pesquisa aí na Internet a história do Chacrinha,do Bakhtin, Kristeva, Calvino, Oswald, Drummond e do bispo que comeu sardinha, entra no espírito e diz um verso bem bonito, ou, diz adeus e vai simbora. Sem essa de ficar por aí, atirando um pau no gato e dizendo que o MIP incentiva o plágio. Que pobreza de espírito!
Uma curiosidade: "O Prof. Dr. Zander descobriu que uma abelha visita no mínimo 10 flores em um minuto. Ela precisa de 10 minutos para voltar de uma colheita. Visita, portanto, 100 flores. Ela faz, diariamente, 40 colheitas. Isso quer dizer que ela visita 4.000 flores por dia". Copiei essa informação do endereço: www.breyer.ind.br.
Querem saber quantas flores são polinizadas diariamente por uma colméia? Ou querem levar um susto e saber quantos poetrix foram escritos em 3 anos de existência do MIP e multiplicar pelo número de pessoas que leram esses poetrix na internet? Isso é que é polinização.
Qual era mesmo o motivo de eu estar escrevendo esse texto?

GÊNEROS POÉTICOS

"Todas as coisas têm seu mistério, e a
poesia é o mistério que todas as coisas têm."
(García Lorca)
Poesia é a forma de expressão lingüística destinada a evocar sensações, impressões e emoções por meio da união de sons, ritmos e harmonias, utilizando-se vocábulos essencialmente metafóricos.
A poesia surgiu intimamente ligada à música. A poesia dos aedos gregos e trovadores medievais promovia a união entre a letra do poema e o som. Ao longo dos anos, este vínculo foi se intensificando, mas houve uma distinção técnica entre a música (que passou a ser escrita em pautas) e a poesia que preservou a rítmica natural, e passou a ser construída por meios gramaticais. Posteriormente, a poesia ganhou fundamentos e regras próprias.
Existe alguma divergência entre o que significa Poema e Poesia. Para efeito geral, considera-se que são sinônimos; mas para a definição acadêmica, Poesia é o gênero de composição poética e Poema é a obra deste gênero.
Para que entendamos melhor, vejamos a definição de Poema segundo o eminente escritor, Assis Brasil:
"Poema é o "objeto" poético, o texto onde a poesia se realiza, é uma forma, como o soneto que tem dois quartetos e dois tercetos, ou quatorze versos juntos, como é conhecido o soneto inglês. Um poema seria distinto de um texto ou estrofes. Quando essa nomenclatura definitiva é eliminada, passando um texto a ser apresentado em forma de linhas corridas, como usualmente se conhece a prosa, então se pode falar em poema-em-prosa, desde que tal texto (numa identificação sumária e mecânica) apresente um mundo mais "poético", ou seja, mais expressivo, menos referente à realidade. A distinção se torna por vezes complexa. (...) a poesia pode estar presente quer no poema que é feito com um certo número de versos, quer num texto em prosa, este adquirindo a qualidade poema-em-prosa".
Já Poesia, Assis Brasil define assim:
"(...) uma manifestação cultural, criativa, expressiva do homem. Não se trata de um 'estado emotivo', do deslumbre de um pôr-do-sol ou de uma dor-de-cotovelo; é muito mais do que isso, é uma forma de conhecimento intuitivo, nunca podendo ser confundido o termo poesia com outro correlato: o poema".
Os Gêneros Literários
A palavra Gênero vem do latim Generu, que significa família; ou seja, agrupamento de indivíduos ou seres que têm características comuns. Portanto, os gêneros literários são agrupados por suas semelhanças.
Platão foi o primeiro autor a se preocupar em separar as obras literárias em três gêneros:
• tragédia e comédia (teatro);
• poesia lírica, ou ditirambo;
• poesia épica.
Este conceito foi adotado na civilização greco-romana e se estendeu até o Renascimento, onde houve uma super valorização da produção da Antigüidade. Platão acreditava que os gêneros pré-existiam aos autores, e cada segmento possuía regras próprias que deviam ser obedecidas rigorosamente, não havendo portanto, influência de um gênero sobre o outro. Porém, no século XIX os autores românticos romperam os limites dos gêneros imutáveis, e adotaram os gêneros comunicantes, resultando na criação de novos segmentos como o drama.

Neste caso, os gêneros eram adaptados às espécies (formas) que lhes eram mais adequados a própria expressão, sendo em prosa ou verso. O épico, narrativo e grandioso, exigia versos maiores e solenes. O lírico, às vezes tranqüilo, outras vezes intempestivo, adequava-se a forma de poemas pequenos e graciosos, ou maiores e mais densos.
Gênero Espécie
Lírico (geralmente em verso)
Soneto, ode, elegia, madrigal, etc.
Épico (em verso)
Epopéia, poema e poemeto
Dramático (prosa ou verso)
Tragédia, comédia e drama
O Gênero Lírico
A palavra lírico vem do latim, que significa lira; instrumento musical usado para acompanhar as canções dos poetas da Grécia antiga, e retomado na Idade Média pelos trovadores.
Pode-se dizer que o gênero lírico é a expressão do sentimento pessoal. "É a maneira como a alma, com seus juízos subjetivos, alegrias e admirações, dores e sensações, toma consciência de si mesma no âmago deste conteúdo" (Hegel).
De fato, o poeta lírico é o indivíduo isolado que interessa-se somente pelos estados da alma. É aquele que preocupa-se demasiadamente com as próprias sensações voltado para si. O universo exterior só é considerado quando existe uma identificação, ou é passível de ser interiorizado pelo poeta.
O Gênero Épico
O termo Épico vem do grego Epos, narrativa ou recitação. A poesia épica nasceu no Ocidente com Homero, poeta grego autor do que seria os primeiros modelos deste gênero: Ilíada e a Odisséia.
Na Idade Média, principalmente entre os séculos XII à XIV, surgiram várias narrativas que afastavam-se dos padrões clássicos. Eram inspirados em façanhas de guerra da cavalaria andante. Os mais conhecidos são: a Canção de Rolando, o Romance de Alexandre e os Romances da Távola Redonda.
O Gênero Dramático
No poema dramático, a história é contada através das falas dos personagens. As peças de teatro escritas em verso constituem forma de poesia dramática. Em sentido amplo, também pode ser considerado um exemplo o Caso do Vestido, de Carlos Drummond de Andrade. Através de uma suposta conversa entre mãe e filhas, o leitor acompanha uma história de amor e traição e tem os elementos para reconstituir o caráter e os sentimentos dos personagens principais.
Fontes: Site www.regina.celia.nom.br
Brasil, Assis - Vocabulário técnico de literatura. São Paulo: Tecnoprint, 1979
Adaptado por Spectrum

Podemos repassar para a rapaziada o poetrix ?

Assunto: RE: POLÊMICA: O plágio e o poetrix.

Tem disso, meu impagável escriba/teólogico/teosófico/poético. Quando
perguntaram para o tempo : Quanto tempo o tempo tem? O tempo respondeu ao
tempo: O tempo tem o tempo que o tempo tem. E só porque havia uma pedra no
caminho de Drumonnd, todo mundo ria porque ele não conseguia pular uma
pedra. Não era velhice, não. Nem cãibra. Poeta não envelhece, nem a junta
se junta contra ele. O grande problema é que todo mundo é poeta e não
entende nada de poesia. Talvez não compreendam nádegas. Eles as usam sem
precisar saber de nádegas. Enquanto eles rapinam o rapa, as flores vão se
trocando em cores e cheiros. E eu vou ficando por aqui, jaz mim do perfume
dos jasmins. É volta do chicote em quem mandou bater.
Édi Prado

From: tabajara@ibge.gov.br


a fé não remove montanha
ela mostra o caminho
que passa ao lado

Poetrix

Sim, estou só
e é só por isso
que escrevo.

MENINO DE RUA
Na miséria das ruas
Teu sorriso vem fácil
e a morte também

Afirmação (um poetrix)

Além dos sonhos
entre nuvens e magia:
você é o complemento do meu verso.


Mariete Marcondes

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