Édi Prado 24.09.2007
Mataram a onça. Mal o alarme soou pela rádio cipó, centenas de pessoas entre representantes do Batalhão Ambiental, Sema, Ibama, Promotoria do Meio Ambiente, Polícia Militar, do Clero e membros da Associação Mundial dos Protetores Animais, quebraram o silêncio da pacata Vila do Curiaú. Não faltou a imprensa e no rastro da onça morta, pipoqueiros, vendedores ambulantes de cervejas, refrigerantes, retratistas e fotógrafos, com câmeras e impressoras, além de vendedores de molduras para registrar a morte da onça e providenciar um souvernizinho de lembrança.
Agora identificada com DNA, impressões patais, cor, tamanho, peso, a onça parda, que na linguagem científica, trata-se da Felis concolor Linnaeus. Pesava 40 quilos e foi logo caracterizada como bebê. Isso significa que o bebê tem mãe, pai, irmãos e outros agregados, zoneando a paz do quilombo do Curiaú, em busca do filhote desaparecido e de quebra, um cabritinho, um cuxito e até um búfalo, serve para saciar a fome. Se nada encontrar assim, tão imediatamente, um afro descendente serve para abrir o apetite.
Os especialistas em onças fizeram várias fotos de diversos ângulos. Querem descobrir qual o calibre, a cor do cartucho, se o estopim continha vermicida e outros ingredientes nocivos à saúde dos animais, na tentativa de descobrir quem foi o Indiana Jhones dos Quilombos, autor da façanha. A Promotora Ivana Cei, segundo Jornal do dia 21 de setembro, quer saber quem matou o felino e garante que vai apurar a responsabilidade de cada órgão ambiental do Estado, para punir a omissão e certamente, condecorar o Indiana do Curiaú.
Condecorar, elogiar, aplaudir, premiar, torná-lo um herói estadual. Ele sozinho, protegeu todo o agrupamento de pessoas da comunidade, além das crias de animais, tão vulneráveis ao ataque faminto do felino. O nosso Indiana afro descendente fez o trabalho que todos os órgãos ambientais deveriam evitar, prevenir e se omitiriam. Sozinho, ele foi um atento vigilante e defensor da vida humana e animais domésticos. Não só da Vila, mas dos moradores da cidade, já que a peregrinação de uma onça, em busca de alimento gira em torno de 80 km dia. E a Vila de Curiaú está a apenas a 8 km da zona urbana de Macapá.
Os moradores do Curiaú garantem que vêm denunciando aos órgãos ambientais do Estado, os ataques de onças desde dezembro do ano passado. A carcaça dos animais abatidos pela onça, não deixavam dúvidas que elas têm muito apetite. Falam que numa dessas queixas, o funcionário que fazia o registro do perigo, perguntou ao morador: Onde elas dormem qual o peso, tamanho, DNA, se tinha as impressões patais, ou até mesmo uma moldura em barro ou lama, das patas delas, se tinha uma foto. Uma 3 X 4 serveria para anexar ao registro. Queria saber ainda se na toca onde dormiam se o capim era seco ou meio úmido? Só faltou querer saber se na parede da toca havia uma foto da família da onça. Mas aí já seriam informações demais para o superior dele ler.
Quero elogiar e enaltecer a Promotora Ivana Cei, em querer saber quem foi o herói. Esse rapaz deve servir de exemplo, entrar para a história por ter salvado tanta gente, por ter evitado maiores tragédias e o Amapá voltar a ser manchete no cenário nacional e a até internacional, por tamanho descaso e excesso de burocracia. E o mais grave disso tudo é que na Legislação Ambiental, existe um artigo que só isenta o herói de pena, se ele comprovar com certidão positiva, a índole do animal. Se ele é ou não agressivo. Tá bom. Enquanto não se consegue as informações sobre o restante do bando que ronda o local, seria bem mais previdente, que esses órgãos ambientais omissos, façam o que tem que ser feito, não para se lamentar a morte de outras onças, mas a de pessoas daquela comunidade. Ou será que não existe uma Associação protetora da vida das pessoas, do ser humano que povoa o meio ambiente? Será que todos são só amigos da onça?
Mataram a onça. Mal o alarme soou pela rádio cipó, centenas de pessoas entre representantes do Batalhão Ambiental, Sema, Ibama, Promotoria do Meio Ambiente, Polícia Militar, do Clero e membros da Associação Mundial dos Protetores Animais, quebraram o silêncio da pacata Vila do Curiaú. Não faltou a imprensa e no rastro da onça morta, pipoqueiros, vendedores ambulantes de cervejas, refrigerantes, retratistas e fotógrafos, com câmeras e impressoras, além de vendedores de molduras para registrar a morte da onça e providenciar um souvernizinho de lembrança.
Agora identificada com DNA, impressões patais, cor, tamanho, peso, a onça parda, que na linguagem científica, trata-se da Felis concolor Linnaeus. Pesava 40 quilos e foi logo caracterizada como bebê. Isso significa que o bebê tem mãe, pai, irmãos e outros agregados, zoneando a paz do quilombo do Curiaú, em busca do filhote desaparecido e de quebra, um cabritinho, um cuxito e até um búfalo, serve para saciar a fome. Se nada encontrar assim, tão imediatamente, um afro descendente serve para abrir o apetite.
Os especialistas em onças fizeram várias fotos de diversos ângulos. Querem descobrir qual o calibre, a cor do cartucho, se o estopim continha vermicida e outros ingredientes nocivos à saúde dos animais, na tentativa de descobrir quem foi o Indiana Jhones dos Quilombos, autor da façanha. A Promotora Ivana Cei, segundo Jornal do dia 21 de setembro, quer saber quem matou o felino e garante que vai apurar a responsabilidade de cada órgão ambiental do Estado, para punir a omissão e certamente, condecorar o Indiana do Curiaú.
Condecorar, elogiar, aplaudir, premiar, torná-lo um herói estadual. Ele sozinho, protegeu todo o agrupamento de pessoas da comunidade, além das crias de animais, tão vulneráveis ao ataque faminto do felino. O nosso Indiana afro descendente fez o trabalho que todos os órgãos ambientais deveriam evitar, prevenir e se omitiriam. Sozinho, ele foi um atento vigilante e defensor da vida humana e animais domésticos. Não só da Vila, mas dos moradores da cidade, já que a peregrinação de uma onça, em busca de alimento gira em torno de 80 km dia. E a Vila de Curiaú está a apenas a 8 km da zona urbana de Macapá.
Os moradores do Curiaú garantem que vêm denunciando aos órgãos ambientais do Estado, os ataques de onças desde dezembro do ano passado. A carcaça dos animais abatidos pela onça, não deixavam dúvidas que elas têm muito apetite. Falam que numa dessas queixas, o funcionário que fazia o registro do perigo, perguntou ao morador: Onde elas dormem qual o peso, tamanho, DNA, se tinha as impressões patais, ou até mesmo uma moldura em barro ou lama, das patas delas, se tinha uma foto. Uma 3 X 4 serveria para anexar ao registro. Queria saber ainda se na toca onde dormiam se o capim era seco ou meio úmido? Só faltou querer saber se na parede da toca havia uma foto da família da onça. Mas aí já seriam informações demais para o superior dele ler.
Quero elogiar e enaltecer a Promotora Ivana Cei, em querer saber quem foi o herói. Esse rapaz deve servir de exemplo, entrar para a história por ter salvado tanta gente, por ter evitado maiores tragédias e o Amapá voltar a ser manchete no cenário nacional e a até internacional, por tamanho descaso e excesso de burocracia. E o mais grave disso tudo é que na Legislação Ambiental, existe um artigo que só isenta o herói de pena, se ele comprovar com certidão positiva, a índole do animal. Se ele é ou não agressivo. Tá bom. Enquanto não se consegue as informações sobre o restante do bando que ronda o local, seria bem mais previdente, que esses órgãos ambientais omissos, façam o que tem que ser feito, não para se lamentar a morte de outras onças, mas a de pessoas daquela comunidade. Ou será que não existe uma Associação protetora da vida das pessoas, do ser humano que povoa o meio ambiente? Será que todos são só amigos da onça?
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